01/10/2023 às 09h00min - Atualizada em 01/10/2023 às 06h00min
Motoristas socorristas do Samu de Araraquara exigem reajuste salarial e melhores condições de trabalho
Trabalhadores realizam movimento em busca de aumento salarial e denunciam precariedade nas condições de trabalho no serviço de emergência.
Balda News - Carlos Alberto Baldassari
Walter Strozzi/Acidade on Motoristas socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Araraquara reivindicam melhores condições de trabalho e aumento salarial. Na noite de quinta-feira, dia 28, eles realizaram um movimento em frente à sede do Samu na Vila Suconasa, com o objetivo de chamar a atenção da prefeitura.
O grupo, composto por trabalhadores fora do horário de serviço, explicou que fizeram diversas tentativas de negociação para obter melhorias no salário-base, que é considerado um dos menores da região, mas não receberam resposta por parte do governo municipal. Essa demanda por aumento salarial persiste há seis anos, sem qualquer avanço.
"Estamos lutando pelo salário-base devido a colegas que ficaram afastados e tiveram que se contentar com o benefício do INSS, pois não conseguem mais do que isso. No dia a dia, durante os meses normais, recebemos adicionais de risco e insalubridade de 20%, o que ajuda a melhorar um pouco nossos salários", afirmou Gilson Bento Pereira, um dos condutores socorristas.
O grupo tentou se aproximar da administração e conversou com alguns vereadores, que se mostraram dispostos a ajudar, mas as promessas não foram cumpridas, de acordo com os trabalhadores.
A principal reivindicação dos trabalhadores é a mudança da referência salarial de 41 para 87, o que representaria um aumento de aproximadamente 50%. Atualmente, os condutores socorristas ingressam na prefeitura com um salário-base de R$ 1.870.
Além disso, os trabalhadores destacaram que os motoristas socorristas desempenham mais do que a função de conduzir a ambulância, pois também auxiliam no atendimento aos pacientes, realizam imobilizações, iniciam manobras de ressuscitação e oferecem suporte necessário.
O grupo planeja continuar manifestando-se para atrair a atenção do Poder Público. Na quinta-feira, devido à falta de horas extras dos trabalhadores, a prefeitura teve que recorrer a duas ambulâncias terceirizadas para transferir pacientes.
Os trabalhadores argumentam que os valores gastos com a terceirização poderiam ser direcionados para atender às suas reivindicações. A prefeitura afirmou que o atendimento do Samu transcorreu normalmente na quinta-feira e que está acompanhando a mobilização dos condutores das ambulâncias. A administração municipal declarou estar buscando soluções dentro das possibilidades legais e orçamentárias do município para atender às demandas dos profissionais.
Segundo a prefeitura, "não houve impacto no atendimento das ambulâncias do Samu que prejudicasse a população, e não haverá, uma vez que a Secretaria Municipal de Saúde está tomando medidas administrativas para garantir o pleno funcionamento dos serviços".