Pintor condenado por assassinato em São Carlos e aguarda julgamento de outros casos.

Na quarta-feira (18), Aelson de Almeida Ribeiro, pintor que confessou três assassinatos em São Carlos (SP) em 2022, foi condenado a mais de 18 anos de prisão por uma das mortes. Ele ainda aguarda julgamento pelos outros dois homicídios, que estão sendo tratados em processos separados. A audiência realizada na quarta-feira dizia respeito ao assassinato de Luis Fernando Pereira Luna, de 24 anos, ocorrido no início de março de 2022. Ribeiro recebeu uma sentença de 17 anos de prisão pelo homicídio e mais 1 ano e 1 mês por ocultação de cadáver.

O advogado de defesa, Reginaldo da Silveira, informou que irá recorrer da decisão. Ele espera que os outros dois julgamentos ocorram ainda este ano. O júri foi composto por cinco homens e duas mulheres. A promotoria convocou cinco testemunhas, incluindo três policiais, o pai da vítima e a ex-mulher do réu. O delegado João Pereira Baptista, responsável pelo inquérito policial na época, informou que um laudo psicológico foi solicitado para obter mais informações sobre o aspecto psiquiátrico do réu. O resultado indicou certo grau de psicopatia, mas confirmou que o acusado tinha consciência do que estava fazendo.

Os crimes ocorreram em 2022. O corpo de Ariane Maia Valerio, de 26 anos, foi encontrado enterrado em abril do ano passado no quintal de uma casa desabitada no bairro Cidade Aracy II. Outros dois corpos, de Luis Fernando Pereira Luna, de 26 anos, e Rita de Oliveira Silva, de 45 anos, foram encontrados em março. As investigações apontaram o envolvimento do pintor, e a polícia solicitou sua prisão preventiva. Durante o depoimento, o suspeito confessou que os assassinatos tiveram motivos banais. Ele alegou que Ariane foi morta no dia 1º de março, por estrangulamento, porque ela se recusou a comprar mais drogas. A motivação dos outros homicídios não foi divulgada. Segundo a polícia, o pintor não possuía registros de crimes anteriores.