19/05/2024 às 02h40min - Atualizada em 19/05/2024 às 02h45min
Enchente em Porto Alegre deixa rastro de destruição e prejuízos
Carlos Alberto Baldassari - Danilo Bueno
Rafa Neddermeyer/Agência Brasil Este sábado (18) começou com a redução do nível da água nas ruas de Porto Alegre, permitindo que os moradores afetados pela enchente começassem a limpar suas casas. No bairro Menino Deus, as calçadas ficaram repletas de móveis, colchões, eletrodomésticos, livros e outros objetos que foram danificados e inutilizados pela água.
O geólogo Evandro Oliveira lamentou ter perdido diversos livros que ficaram submersos em sua casa. Já o motorista Joel Vargas não escondeu sua frustração com os prejuízos: "Tudo é lixo. Tudo quebrado, tudo demolido. Não se aproveita nada". A aposentada Marlene de Souza também expressou tristeza pela perda de seus pertences, que estavam "com gosto, cheiro de esgoto, tudo podre".
Com a diminuição do nível da água, centenas de homens e mulheres foram mobilizados para a operação de limpeza e recuperação da cidade. Segundo o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), 3.500 pessoas estão envolvidas nesse trabalho, que conta com 300 veículos pesados, incluindo retroescavadeiras, pás carregadeiras e caminhões basculantes. Porém, a maior parte do serviço de varrição e raspagem das ruas é realizada manualmente pelos garis.
"Temos 3.500 garis trabalhando em três turnos e um maquinário muito pesado sendo usado na remoção dos resíduos", explicou o diretor-geral da DMLU. Segundo ele, apenas onde não havia alagamento, foram recolhidas 910 toneladas de lixo e lama desde o dia 6 de maio, e esse número deve aumentar à medida que as ruas forem secando.