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25/05/2024 às 03h40min - Atualizada em 25/05/2024 às 03h45min

Tragédia no Rio Grande do Sul gera mais de R$ 1,67 bilhão em indenizações de seguros

Carlos Alberto Baldassari - Danilo Bueno
As empresas de seguro que atuam no Rio Grande do Sul já receberam 23.441 comunicados de acidentes decorrentes dos efeitos adversos dos temporais que atingem o estado desde o fim de abril. Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), os avisos de sinistros já ultrapassam a casa dos R$ 1,67 bilhão a serem pagos em indenizações.

No entanto, esse valor ainda está muito distante de representar a real dimensão dos prejuízos da catástrofe. De acordo com o presidente da entidade, Dyogo Oliveira, uma parte muito grande dos segurados sequer avisou os sinistros ocorridos e ainda não entraram com os pedidos de indenização, pois estão cuidando de questões mais prementes, como a sobrevivência e a salvaguarda de seus bens.

Oliveira afirma que, dada a extensão da área atingida e o fato de áreas densamente povoadas terem sido afetadas, esse será, provavelmente, o maior conjunto de indenizações já pago pelo setor segurador no Brasil em consequência de um único evento, superando o rompimento da barragem de Brumadinho (MG), da mineradora Vale, em 2019.

Apesar disso, as seguradoras já vêm adotando procedimentos muito rápidos para pagar os sinistros mais simples, com indenizações sendo feitas em até 48 horas, em processos simplificados e, muitas vezes, dispensando vistorias e auditorias.

Os maiores números de avisos de sinistros registrados são de clientes residenciais/habitacionais, com 11.396 comunicados e cerca de R$ 240 milhões em pagamentos previstos. Em seguida, vêm os contratantes de seguro automotivo, com 8.216 registros ou cerca de R$ 557 milhões, e o seguro agrícola, com 993 registros ou R$ 47 milhões.

Segundo Oliveira, os seguros contra grandes riscos, como os de infraestrutura, são os mais difíceis de avaliar no momento, pois as estruturas asseguradas estão, na maioria dos casos, alagadas. Só quando as águas baixarem será possível avaliar os danos totais.

Apesar da magnitude dos prejuízos, o presidente da CNseg afirma que o risco de o sistema de seguros não dispor de recursos para pagar as indenizações devidas é mínimo, pois os custos são distribuídos entre todo o sistema, entre um grande número de empresas.
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