26/05/2024 às 02h40min - Atualizada em 26/05/2024 às 02h45min
Congestionamentos, Alterações nos Níveis de Rios e Lagoa, e Mortes Decorrentes de Temporais no Rio Grande do Sul
Carlos Alberto Baldassari - Danilo Bueno
A cidade de Porto Alegre registrou um congestionamento de 7 km neste sábado (25) no chamado "corredor humanitário", uma via provisória aberta para permitir o acesso e a saída de veículos de emergência e de passeio do Centro Histórico. Os motoristas levaram até 1 hora para percorrer o trajeto, que normalmente não levaria mais de 10 minutos.
O Guaíba, importante rio que banha Porto Alegre, voltou a recuar durante o dia, mas ainda não baixou dos 4 metros, marca alcançada após os temporais de quinta-feira (23). Com a chuva, a água subiu por bueiros, levando a prefeitura a fechar comportas com sacos de areia para evitar que a água do lago voltasse para dentro da cidade.
No Sul do estado, a Lagoa dos Patos, em Pelotas, também voltou a subir. O município reparou rachaduras em um dique de contenção no Canal São Gonçalo, para evitar alagamentos na área urbana.
Já no Vale do Taquari, moradores de Cruzeiro do Sul seguem apreensivos com o risco de deslizamento de terra em um bairro da cidade. Mais da metade da população de 11,6 mil habitantes está fora de casa, seja pela cheia do Rio Taquari, seja pelos impactos no solo.
O Rio Grande do Sul informou mais duas mortes em razão dos temporais e cheias, chegando a 166 vítimas do desastre. Outras quatro pessoas morreram de leptospirose, após contato com água contaminada – há 800 casos suspeitos da doença no estado.
Além disso, são 806 pessoas feridas e 637,4 mil pessoas fora de casa, somando quem está em abrigos e quem está desalojado, ou seja, está na casa de parentes ou amigos.